segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

ESPORTES QUE EXIGEM UM SOMATOTIPO MAGRO LEVANDO A UM BALANÇO ENERGÉTICO NEGATIVO, O ATRASO DA MATURAÇÃO ESQUELÉTICA E ATRASO PUBERAL PREDISPÕE OS ATLETAS A OSTEOPENIA E OSTEOPOROSE; ENDOCRINOLOGIA-NEUROENDOCRINOLOGIA-FISIOLOGIA.

Em atletas, a maioria dos relatórios sobre aumento da densidade mineral óssea refere-se a um pequeno número de adultos, com nível pequeno/médio de exercício físico. Há poucos relatos que lidam com o efeito de um período de treinamento durante a mineralização óssea em crianças e adolescentes. As atividades de alto impacto, como skate no gelo, levantamento de peso, futebol, ou balé têm mostrado uma melhoria na DMO do atleta (não confundir DMO-densidade mineral óssea, com crescimento longitudinal estatural). Estudos em atletas pré-púberes descobriram que com 8 meses com intervenções de atividade física com peso resultou em aumentos maiores (1,2 a 5,6 %) na DMO. Em contraste, nos esportes que exigem um somatotipo magro (portanto, levando a um balanço energético negativo), o atraso na maturação esquelética e desenvolvimento puberal predispõem os atletas à osteopenia e à osteoporose, o que, juntamente com os transtornos alimentares constituem a "tríade da mulher atleta". Infelizmente, a grande maioria dos ensaios clínicos em atletas que têm distúrbios menstruais em mulheres adultas jovens, poucos dados estão disponíveis para adolescentes. O aumento da densidade mineral óssea foi comprometido em garotas adolescentes com maturação tardia e baixa DMO e em atletas com amenorréia hipo-estrogênica. Estas atletas estão em perigo de não atingir o adequado pico da densidade mineral óssea e acabar com densidade mineral óssea significativamente menor do que as mulheres normais. Pouco se sabe sobre o efeito do exercício físico de alto nível sobre o aumento da densidade mineral óssea. Ginástica olímpica constitui um tipo de exercício com carga mecânica intensa na cintura escapular, na cintura pélvica e no tronco, conhecido por exercer um efeito benéfico sobre a densidade mineral óssea, tanto em atletas adolescentes como em adultos(este detalhe pode levar ao fechamento precoce da epífise óssea ou seja cartilagem de crescimento, embora fortifique a densidade mineral óssea). Recentemente, um estudo foi realizado em um grupo de ginastas olímpicos de alto nível de competição que começou a treinar em uma idade jovem e continuou seu exercício intensivo durante toda a puberdade. 
A idade óssea foi adiada em ambos os sexos masculino e feminino, embora de forma mais pronunciada neste último, devido ao déficit de energia para o somático e contínuo e severo estresse psicológico. O aumento na densidade mineral óssea foi observado claramente quando relacionados com a idade óssea, enquanto que este aumento não foi observado quando relacionado com a idade cronológica. Este achado foi mais pronunciado nas mulheres devido a um maior atraso na maturação óssea de inicio. Nas meninas, o aumento da densidade mineral óssea foi proporcional ao desenvolvimento da puberdade, de acordo com os estágios de Tanner de desenvolvimento das mamas e havia uma forte influência negativa de início precoce do aumento da densidade mineral óssea. Este último indica a atuações dos hormônios tireoidianos e esteróides sexuais na puberdade. Em uma revisão recente, a vulnerabilidade do metabolismo ósseo antes do início da produção de esteróides sexuais foi sugerido que o aumento induzido pelo treinamento físico na mineralização óssea e a força é dependente de maturidade sexual e da hipótese de que os fatores que aumentam a formação óssea, como o estrogênio, testosterona, GH e IGF-1 nos anos pré-menarca melhoram o efeito do exercício e da carga mecânica sobre a remodelação óssea e a mineralização óssea. No entanto, a influência da duração do exercício, no momento do aumento da densidade mineral óssea não pode ser excluída. O aumento da densidade mineral óssea para ambos os sexos foi relacionada positivamente com a altura, IMC, massa magra corporal, gordura corporal (só para mulheres), em ambos os gêneros podem não alcançar o alvo genético previsto, devido ao impacto ostensivo consequente pode induzir, afinal de contas a defesa dos ossos é formar mais ossos, e eventualmente consolidar as epífises ou cartilagens de crescimento. 
O último foi o fator mais poderoso nos meninos. Em conclusão, a aquisição óssea em crianças e adolescentes que são continuamente e intensamente treinados desde a infância, segue o padrão normal somente quando relacionada com a idade óssea e não a idade cronológica. O início precoce do treinamento, o exercício contínuo e intensivo, bem como a duração do exercício atenua o aumento da densidade mineral óssea, pelo menos em adolescente feminina de ginástica olímpica, mas correm uma série de riscos, como epifisiolise ou escorregamento das cartilagens de crescimento. Além disso, a julgar pela variedade de densidade mineral óssea medida, que é claramente acima dos níveis correspondentes relatados em populações normais sedentárias correspondentes, o excesso de carga mecânica a que esses atletas são expostos a partir de uma idade jovem exerce seu efeito benéfico sobre a aquisição do osso, levando a um efeito positivo, mas pode leva-los a uma estatura mais baixa do que a expectativa, principalmente nos meninos.


Dr. João Santos Caio Jr.

Endocrinologia – Neuroendocrinologista

CRM 20611



Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como saber mais:
1. Crescimento refere-se especificamente a aumentar de tamanho corporal, ao passo que a maturação se refere ao progresso para o estado biologicamente maduro. Portanto, o crescimento não pode ser plenamente avaliado sem determinar o tempo e o ritmo de maturação biológica...
http://hormoniocrescimentoadultos.blogspot.com.

2. O início da puberdade corresponde a uma idade biológica específica, conforme determinado pela maturação esquelética, ou seja, a idade óssea de 13 anos para os meninos e 11 anos para meninas...
http://longevidadefutura.blogspot.com

3. Como na população em geral, o desenvolvimento puberal em atletas altamente treinados parece seguir a idade óssea em vez da idade cronológica...
http://imcobesidade.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.


Referências Bibliográficas:
Caio Jr, João Santos, Dr.; Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Caio,H.V., Dra. Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo, Brasil; BARLET, J. P., V. COXAM, and M. J. DAVICCO. Physical exercise and the skeleton. Arch. Physiol. Biochem. 103:681– 698, 1995; BENNELL,K.L,S.A.M ALCOLM,K.M.K HAM, et al. Bone mass and bone turnover in power athletes, endurance athletes, and controls: a 12-month longitudinal study.Bone 20:477– 484, 1997.BLOCK, J. E., A. L. FRIEDLANDER,G.A.B ROOKS,P.S TEIGER,H.A.S TUBBS, and H. K. GENANT HK. Determinants of bone density among athletes engaged in weight-bearing and non-weight-bearing activity.J. Appl. Physiol.67:1100 –1105, 1989; BRAHM, H., H. STROM,K.PIEHL-AULIN,H.MALLMIN, and S.LJUNGHALL. Bone metabolism in endurance trained athletes: a comparison to population-based controls based on DXA, SXA, quantitative ultrasound, and biochemical markers. Calcif. TissueInt.61:448 – 454, 1997; BRANCA, F. Physical activity, diet and skeletal health. Public Health Nutr.2:391–396, 1999.6. CARTER, D. R. Skeletal development and bone functional adaptation. J. Bone Miner. Res.7:s389 –s395, 1992; CHILIBECK, P. D., D. G. SALE, and C. E. WEBBER. Exercise and bone mineral density.Sports Med.19:103–122, 1995; DALSKY,G. P. Effect of exercise on bone: permissive influence of estrogen and calcium. Med. Sci. Sports Exerc.22:281–285, 1990; DE LORENZO, A., A. ANDREOLI, and N. CANDELORO. Within-subject variability in body composition using dual energy x-ray absorptiometry.Clin. Physiol. 17:383–388, 1997; DE LORENZO,A.,IBERTINI,N.CANDELORO,L.IACOPINO,A.ANDREOLI,M.D.VAN LOAN. Comparison of different techniques to measure body composition in moderately active adolescents.Br.J. Sports Med.32:215–219, 1998.
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